lobo e lua

lobo e lua

26.6.10

Um ano sem o rei do pop

Há um ano, quando noticiaram a morte de Michael Jackson, que ensaiava para uma gigantesca turnê, muita gente prestou homenagens ao astro. Então, resolvemos homenagear os órfãos do rei do pop. Ou seja, os seus fãs. A história deste post é verdadeira e a republicamos porque a blogosfera se renova constantemente e muitos de nossos atuais leitores não a conhecem.

Michael Jackson - 1958/?

Logo que soube da morte de Michael Jackson, me lembrei de um faxineiro que trabalhava na galeria onde eu tinha uma loja de discos.

Ele dizia ter 20 anos, mas parecia menos, pois era franzino, muito magro e baixinho. Assim que abri a loja, ele apareceu e perguntou se tinha lá algum disco de Michael Jackson. "Tem alguns", eu disse. "Qual você procura?"

"Na verdade, nenhum, pois tenho todos. Só quero saber, pois, na hora do almoço, posso vir aqui e ouvir um pouquinho?"

"Claro, pode vir", eu disse.

E ele sempre aparecia lá, escolhia uma faixa e começava a dançar, daquele jeito que seu ídolo tinha imortalizado. Sorria, dizia que era o máximo e depois voltava ao trabalho de limpar a galeria.

Durante quatro anos, ele cumpriu esse ritual de aparecer e pedir pra ouvir Michael Jackson.

Depois, fechei a loja e nunca mais voltei lá. A notícia da morte de Jackson fez com que eu me lembrasse dele e de outras figuras que passavam por lá. Tinha um que andava com uma foto do Bono no bolso. Ele parava qualquer pessoa, na galeria ou dentro das lojas, tirava a foto do bolso e perguntava: "Não sou parecido com ele?" E, se a pessoa demonstrava alguma dúvida, ele ficava de perfil e perguntava novamente: "Assim, nessa posição, não parece?"

Também passavam por lá o Elvis jovem e o Elvis quarentão. Explico: um imitava o rei do rock nos anos 50, com topete, enquanto o outro era gordo e usava um cavanhaque enorme, além de tentar imitar o modo de andar de Elvis, tudo muito bem estudado.

Os clientes, em geral, eram fãs que imitavam seus ídolos. Um imitava John Lennon, outro o Jim Morrison, tinha também Jimi Hendrix, James Brown...

Um dia, percebi uma grande aglomeração no corredor e fui ver o que era. Tomei o maior susto, pois podia jurar que era o próprio Michael Jackson! O sujeito era alto, tinha uma daquelas roupas que Jackson vestia nos shows, igual a um uniforme militar, um tom de pele muito parecido com o astro que deixava de ser negro, também usava maquiagem, inclusive nos olhos, o cabelo com uma ponta escorrendo pela testa, um chapéu... Impressionante a semelhança!

O faxineiro estava lá, no meio da multidão. Pequenino, com seu uniforme cinza, sorria e observava o sósia. Quando tudo acabou, ele entrou na minha loja e disse:

"É bom a gente ter um ídolo, né?"

Por isso, dei como incerta a morte de Michael Jackson no título deste post. Quem tem um ídolo, vivo ou morto, sabe do que falo. Aquele pobre faxineiro, que morava longe e levava horas de ônibus pra chegar na galeria e voltar pra casa, tinha em Michael Jackson um forte motivo pra viver e ser feliz. Hoje, ele deve estar triste, mas logo voltará a ouvir as músicas de seu ídolo e dançar como se estivesse em um palco.

Quando me lembrei dele, depois que soube da morte de Jackson, uma música invadiu meus pensamentos. Foi "Gente Humilde", de Garoto, Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Hollanda.

"Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver
Sem me notar

Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar

São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar

E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar"

12.6.10

Nós adoramos nossas sogrinhas!

1) A garota chega pra mãe, reclamando do ceticismo do namorado.
- Mãe, o Mário diz que não acredita em inferno.
- Case-se com ele, minha filha, e deixe comigo que eu o farei acreditar!

2) O homem leva um susto ao ouvir de sua cartomante:
- Em breve, sua sogra morrerá de forma violenta.
Imediatamente, ele pergunta à vidente:
- Violentamente? E eu? Serei absolvido?

3) Na delegacia, aparece um cidadão e diz que quer confessar.
O delegado pergunta:
- O que aconteceu?
E o homem: – Doutor, eu matei minha sogra!
- Bem, meu filho, você cometeu esse crime, mas devia estar muito alterado, não se importe, vá pra casa e descanse. Está tudo bem.
- Mas, doutor, eu enterrei a velha!
- Ah, meu filho, viu que boa alma você é? Enterrou a sua sogra e assim já evitou toda aquela burocracia.
- Doutor!!! Mas, quando eu estava enterrando, ela gritava que ainda estava viva!
- Ô meu filho, e você não sabe que toda sogra é mentirosa?

4) Um homem encontra seu amigo na rua e diz:
- Cara, você é igualzinho à minha sogra, a única diferença é o bigode!
O amigo fala:
- Ué, eu não tenho bigode!
- Mas minha sogra tem.

5) Um cara foi à delegacia e disse:
- Eu vim dar queixa, pois a minha sogra sumiu.
O delegado disse: – Há quanto tempo ela sumiu?
- Duas semanas – respondeu o genro.
- E só agora é que você me fala?
- É que custei a acreditar que eu tivesse tanta sorte!

6) A sogra do cara morreu e lhe perguntaram:
- O que fazemos? Enterramos ou cremamos?
- Os dois! Não podemos facilitar!

7) O cara voltava do enterro de sua sogra, quando, ao passar por um prédio em obras, um tijolo caiu lá de cima e quase acertou a cabeça dele.
O homem olhou pra cima e gritou:
- Já chegou aí, sua desgraçada?! E ainda continua com má pontaria!

8) – Querido, onde está aquele livro "Como viver 100 anos"?
- Joguei fora!
- Jogou fora? Por que?
- É que sua mãe vem nos visitar amanhã e eu não quero que ela leia essas coisas!

9) Na sala de espera de um grande hospital, o médico chega para um cara muito nervoso e diz:
- Tenho uma péssima notícia para lhe dar. A cirurgia que fizemos em sua mãe…
- Ah, ela não é minha mãe… É minha sogra, doutor!
- Neste caso, então, tenho uma boa notícia para lhe dar!

10) O cara encontra o amigo e fala:
- Minha sogra morreu e agora fiquei em dúvida, não sei se vou trabalhar ou se vou pro enterro dela… O que é que você acha?
E o amigo: – Primeiro o trabalho, depois a diversão!

11) O sujeito bate à porta de uma casa e, assim que um homem abre, ele diz:
- O senhor poderia contribuir com o Lar dos Idosos?
- É claro! Espere um pouco que eu vou buscar a minha sogra!

12) Qual a punição por bigamia?
Resposta: duas sogras.

13) A mulher comenta com o marido:
- Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe…
- Maldito relógio! Sempre atrasado!

4.6.10

Futebol: um ponto de vista feminino

Tahiana Andrade
BLOGUEIRA CONVIDADA

Como mulher, confesso que não entendo e nem gosto muito de futebol. Todavia, parece que algumas coisas nos são ensinadas por osmose e, no caso do brasileiro, futebol é uma delas!

Muito se falou sobre a tal convocação de Dunga para a Copa de 2010 e ainda há muito para ser falado. Muita gente esperava que Neymar estivesse na lista. Há quem diga que Dunga deveria ter dado uma segunda chance para Adriano, e o mundo inteiro (exagero?) tem comentado e criticado a ausência de Ronaldinho Gaúcho na lista...

Sinceramente? A- D- O- R- E- I!!!

Não é porque não entendo de futebol que não posso entender de comportamento dos jogadores, certo?

Na última Copa, em 2006, o Brasil perdeu feio! O time estava repleto de 'super-jogadores'... 'Estrelas' do futebol nacional. Em campo, os jogadores mais famosos, mais invejados, mais cotados, mais bem pagos. Em cena, uma Copa que marcou um fracasso futebolístico para o Brasil, uma derrota antes mesmo das semifinais. O time de estrelas não funcionou. Torcedores tiveram sua expectativa frustrada!

Sabe por quê?

Porque essas 'estrelas' do futebol não precisam mais mostrar serviço para o futebol. Eles já possuem títulos, fama e, o mais importante, grana. Quando se convoca para a seleção jogadores menos famosos, menos ricos, menos orgulhosos (contrariando todas as opiniões de quem diz entender do esporte), proporciona-se a eles a motivação de se tornarem estrelas do futebol. A fome de bola, de drible, de gol, de vitória será, provavelmente, maior. Não há o orgulho da fama nem o desprezo pelo dinheiro. Ao contrário: há o desejo de ser o responsável por trazer para o Brasil o título de hexa!

Como eu assumi no início do post, não sei realmente muita coisa sobre futebol, não entendo quem joga bem ou não, mas entendo de motivação, de comportamento, de maturidade. Talvez tenha sido a falta de motivação de Ronaldinho Gaúcho o que mais contribuiu para a derrota do Brasil na última Copa. Provavelmente a depressão e a inconstância de Adriano (eu o diagnosticaria como ciclotímico, rs) não deram a ele o merecimento de ser convocado. Possivelmente, Neymar, em suas entrevistas, deu a Dunga a percepção de que ali, brevemente, se manifestaria uma personalidade orgulhosa, prepotente e permanente em sua imaturidade de 18 anos!

Sinceramente, torço pelo Brasil, mas não me importo muito se vamos ganhar a Copa ou não. Esse é o único momento em que o brasileiro demonstra ufanismo pelo seu país e, por causa disso, se esquece das eleições que ocorrem no mesmo ano. Também não me interesso por ver milionários ficando ainda mais milionários simplesmente por correrem atrás de uma bola enquanto ficamos desesperados em frente à televisão, torcendo e gritando, com as nossas contas a pagar nas mãos.

Brasileiro dá mais visibilidade para o futebol do que o merecido e, independente de ser homem ou mulher, há muito mais coisa para torcer em nosso país. O problema é que os convocados, nós, os brasileiros, costumamos ficar parados em campo, vendo a bola rolar, enquanto os milionários tornam-se ainda mais milionários às nossas custas!


Tahiana Andrade pode ser encontrada aqui.