tag:blogger.com,1999:blog-22867570336619016942024-02-08T01:28:35.923-03:00Jornal da LuaFUNDADO EM 1º DE ABRIL DE 2007Debhttp://www.blogger.com/profile/08263591133246422384noreply@blogger.comBlogger215125tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-44932569584856231422011-09-08T06:02:00.003-03:002011-09-09T15:41:00.442-03:00A porta entreaberta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtrjDDrEPBDVByf3Yt8cqfBLWctUOvnEgp3PUbiVI1sFpvxVEnswYgpFyVmrS0_0LMACox0DWLTH0_7MnViGgQBiGenSLSJIRRLMVGw6EMHTCwaKZ-VDyAhCkbKtBWOYE2rm4uDprcxaI/s1600/a+porta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtrjDDrEPBDVByf3Yt8cqfBLWctUOvnEgp3PUbiVI1sFpvxVEnswYgpFyVmrS0_0LMACox0DWLTH0_7MnViGgQBiGenSLSJIRRLMVGw6EMHTCwaKZ-VDyAhCkbKtBWOYE2rm4uDprcxaI/s320/a+porta.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="color: red;">Depois de um longo inverno, onde ficamos sem postar por motivos alheios à nossa vontade, voltamos agora para prestar homenagem a um de nossos primeiros colaboradores, Francisco Paula Freitas, o Chico PF, aniversariante do dia. Como dizia o grande poeta Vinícius de Moraes, "não adiantam as despedidas. De um amigo ninguém se livra fácil. A amizade, além de contagiosa, é totalmente incurável". Parabéns, velho amigo!</span><br /><br /><span style="color: yellow;">Conto de CHICO PF</span><br /><span style="color: yellow;">(Francisco Paula Freitas)</span><br /><br />O que se vê pela porta entreaberta é desolador. Lá está sentado, na beira da cama, nu e imóvel, um homem velho e magro. Curvado. A cabeça inclinada sobre o peito exibe a derrota, o final. Arfa compassadamente, parece calmo e não sofrer. Da calva pendem uns fios de cabelos brancos desgrenhados. Os olhos, não dá para ver, parecem fechados. O claro e transparente olhar azul deve ser agora apenas névoa embaciada. O que terá sido feito dos óculos de grossas lentes e hastes de tartaruga? O nariz, outrora rubro como imenso pimentão, assume pálido a cor de cera do rosto magro, encovado. A boca, vazia de todos os dentes, semi-aberta, não fecha, não ri, não chora. O lábio inferior, de onde escorre fino fio de baba, pende e não há forças para fazê-lo subir. Onde a blague, o impropério, o palavrão, a oração? A grande orelha de abano parece ainda maior.<br /><br />Silêncio no quarto. Não se ouve um som, uma palavra. Uma frase que seja, de qualquer velha canção napolitana. Os ombros, vê-se melhor o direito, encolhidos, convergem como se quisessem juntar um ao outro. Os braços longos — é um homem alto —, largados, ao se dobrarem fazem os cotovelos apontar para trás. O que um dia foram bíceps e tríceps são hoje carnes inertes, sem tônus, cobertas por um tecido flácido que cobre o frágil úmero. As mãos não mais se retrairão, encabuladas, quando acorrerem para beijá-las na busca da bênção. Espalmadas, apóiam-se no limite do colchão, e os dedos se dobram sobre ele. É certo que não haverá mais abraços.<br /><br />Pendurada na cabeceira, repousa a bengala de junco com castão de âmbar. Mais serviu para compor a elegância e prevenir ataque de cachorro do que o ajudou a caminhar. Na parede, no centro, em cima da cama, a pequenina pintura oval mostra uma mulher de joelhos agarrada aos pés de uma cruz fincada em meio a um mar revolto. No céu, a palavra Fé.<br /><br />Não há glúteo. A coluna está enfiada diretamente na cama. Ligado como que saído debaixo das vértebras, é visível uma parte do ilíaco, o osso da bacia, onde vai se encostar o fêmur. A pele muito clara deixa transparecer na coxa marmórea, magra e descarnada, algumas veias azuladas e violáceas. O membro, que não conheceu outro caminho que não fosse o da sua Maria e a ela levou seus dez filhos, é um pedaço de carne sem vida, assentado sobre bagos relaxados e gelatinosos. Não sabe mais existir. O que está lá, e protegeu-lhe o púbis ao longo da longa vida, já não são cabelos, são compridos fiapos brancos sem espessura e vigor. Não cumprem sua função.<br /><br />No dedo anular da mão direita não está o anel, motivo de alegria e modesta vaidade, um cabochon de ouro e rubi. Os pés, tornozelos bastante inchados, se apóiam em pequeno tapete surrado, estampado em tonalidade vermelha. A cor só faz acentuar a sua miséria, forçando o contraste com a alvura da pele. As unhas encardidas, amarelecidas, não estão aparadas. Quem as cortaria, agora? E ele? Permitiria?<br /><br />Pode-se ver o cabideiro. Algumas gravatas surradas. Em uma, com o laço ainda feito, espetada como alfinete, reluz a paleta de ouro com pedrinhas incrustadas imitando as cores das tintas. Um suspensório, uns panos e trapos não identificados. Pendurado no gancho de cima, o chapéu cinza de feltro, para o inverno. No armário, junto à umidade e ao mofo, deve o de panamá, para o verão, adormecer e criar bolor. Na cidade, sem chapéu e gravata, nunca. Uma calça, pendurada pelo cós, mostra trazido para fora, o forro de um bolso vazio.As notas do dinheiro não serão mais esticadas, alisadas e caprichosamente arrumadas do valor da menor para a maior. De quem agora os genros tomarão? A velha ladainha: até o fim do mês sem falta etc. etc?<br /><br />Folgados, dois números maior, os sapatos — marrons, nunca usou algo preto — não o levarão mais às lutas diárias e aos passeios frequentes. Onde andarão? Devem estar embaixo da cama. Há uma semana não os calça. Não sentirão mais as ruas... Os museus, os casebres, os palacetes, as casas modestas, os palácios e as tantas igrejas não mais os receberão.<br /><br />Já rejeitou a colher de xarope e os comprimidos. Não aceita o termômetro. Ontem deixou que o barbeiro entrasse, mas não permitiu que lhe fizesse a barba e nem lhe cortasse o cabelo. Pediu que se sentasse à sua frente. Quis apenas olhar para ele, um pouco.<br /><br />Não se vê pela porta entreaberta, mas é possível imaginar algumas névoas em seus pensamentos. Elas podem conduzir a uma fatia de mamão com as pevides; a uma certa caixa com bisnagas e pincéis com os quais e pelos quais viveu todo o seu tempo; a um pôr-do-sol , um crepúsculo, um pregão ao longe; ao <i>crayon</i> ou <i>fusain</i>, seguro entre o polegar e o indicador, braço esticado, um olho fechado, o outro aberto, a servir de escala para roubar à natureza a mancha do esboço... a uma colher de mel de abelhas, uma blague e à oração antes de ir dormir. A doce e inofensiva marmelada a ser protegida dos avanços dos netos escondida lá em cima no <i>étagère</i>... a uma furtiva lágrima que sempre rolou ao lembrar da mãe...<br /><br />Não quer mais falar, nem abrir os olhos. Está se preparando para o Céu que a vida inteira e ainda agora imagina existir. Sabe que lá vai se ter ao lado do maior amigo, o Mestre, o Cristo. Vai rever velhos pintores, músicos, sapateiros, cantores, alfaiates, escultores, jardineiros, filhos, os mortos e os vivos, pais, amigos, peixeiros, poetas, doutores, barbeiros, juízes, padeiros...<br /><br />Vai, convicto, encetar nova viagem, agora no rumo da vida eterna na qual sempre acreditou.<br /><br />Seja.<br /><br /><span style="color: yellow;">Publicado em "Café e Bar Ponto Chic", Editora Bertrand Brasil, 2003.</span><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-72025513295646080222011-06-25T08:05:00.004-03:002011-06-30T05:47:10.164-03:00Quando os fãs ficam órfãos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj4ifGa8LaQ3Mu7yMQOH9BWfT72dTBQX_0Y4Dr7yH_5vhzNyZPlDoKoFNHFd3b9NyI-YlhACzIcvNZ7_-11fjvGKudX7Li2Sf6PpibqMeLUKMG5oZCk5lpzPJ_Uqy2pYtR8jxbtpqrXnM/s1600/1b.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 201px; height: 251px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj4ifGa8LaQ3Mu7yMQOH9BWfT72dTBQX_0Y4Dr7yH_5vhzNyZPlDoKoFNHFd3b9NyI-YlhACzIcvNZ7_-11fjvGKudX7Li2Sf6PpibqMeLUKMG5oZCk5lpzPJ_Uqy2pYtR8jxbtpqrXnM/s400/1b.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622112087201879154" border="0" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; line-height: 18px;font-family:Verdana,sans-serif;font-size:12px;"><span class="Apple-style-span"></span></span><span style="color: rgb(255, 255, 0);">Há dois anos, quando noticiaram a morte de Michael Jackson, que ensaiava para uma gigantesca turnê, muita gente prestou homenagens ao astro. Então, resolvemos homenagear os órfãos do rei do pop. Ou seja, os seus fãs. A história deste post é verdadeira e a republicamos porque a blogosfera se renova constantemente e muitos de nossos atuais leitores não a conhecem.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Michael Jackson - 1958/?</span><br /><br />Logo que soube da morte de Michael Jackson, me lembrei de um faxineiro que trabalhava na galeria onde eu tinha uma loja de discos.Ele dizia ter 20 anos, mas parecia menos, pois era franzino, muito magro e baixinho. Assim que abri a loja, ele apareceu e perguntou se tinha lá algum disco de Michael Jackson. "Tem alguns", eu disse. "Qual você procura?" "Na verdade, nenhum, pois tenho todos. Só quero saber, pois, na hora do almoço, posso vir aqui e ouvir um pouquinho?"<br /><br />"Claro, pode vir", eu disse.<br /><br />E ele sempre aparecia lá, escolhia uma faixa e começava a dançar, daquele jeito que seu ídolo tinha imortalizado. Sorria, dizia que era o máximo e depois voltava ao trabalho de limpar a galeria.<br /><br />Durante quatro anos, ele cumpriu esse ritual de aparecer e pedir pra ouvir Michael Jackson.Depois, fechei a loja e nunca mais voltei lá. A notícia da morte de Jackson fez com que eu me lembrasse dele e de outras figuras que passavam por lá. Tinha um que andava com uma foto do Bono no bolso. Ele parava qualquer pessoa, na galeria ou dentro das lojas, tirava a foto do bolso e perguntava: "Não sou parecido com ele?" E, se a pessoa demonstrava alguma dúvida, ele ficava de perfil e perguntava novamente: "Assim, nessa posição, não parece?"<br /><br />Também passavam por lá o Elvis jovem e o Elvis quarentão. Explico: um imitava o rei do rock nos anos 50, com topete, enquanto o outro era gordo e usava um cavanhaque enorme, além de tentar imitar o modo de andar de Elvis, tudo muito bem estudado.<br /><br />Os clientes, em geral, eram fãs que imitavam seus ídolos. Um imitava John Lennon, outro o Jim Morrison, tinha também Jimi Hendrix, James Brown...<br /><br />Um dia, percebi uma grande aglomeração no corredor e fui ver o que era. Tomei o maior susto, pois podia jurar que era o próprio Michael Jackson! O sujeito era alto, tinha uma daquelas roupas que Jackson vestia nos shows, igual a um uniforme militar, um tom de pele muito parecido com o astro que deixava de ser negro, também usava maquiagem, inclusive nos olhos, o cabelo com uma ponta escorrendo pela testa, um chapéu... Impressionante a semelhança!<br /><br />O faxineiro estava lá, no meio da multidão. Pequenino, com seu uniforme cinza, sorria e observava o sósia. Quando tudo acabou, ele entrou na minha loja e disse:<br /><br />"É bom a gente ter um ídolo, né?"<br /><br />Por isso, dei como incerta a morte de Michael Jackson no título deste post. Quem tem um ídolo, vivo ou morto, sabe do que falo. Aquele pobre faxineiro, que morava longe e levava horas de ônibus pra chegar na galeria e voltar pra casa, tinha em Michael Jackson um forte motivo pra viver e ser feliz. Hoje, ele deve estar triste, mas logo voltará a ouvir as músicas de seu ídolo e dançar como se estivesse em um palco.<br /><br />Quando me lembrei dele, depois que soube da morte de Jackson, uma música invadiu meus pensamentos. Foi "Gente Humilde", de Garoto, Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Hollanda:<br /><br />"Tem certos dias<br />Em que eu penso em minha gente<br />E sinto assim<br />Todo o meu peito se apertar<br />Porque parece<br />Que acontece de repente<br />Feito um desejo de eu viver<br />Sem me notar<br /><br />Igual a como<br />Quando eu passo no subúrbio<br />Eu muito bem<br />Vindo de trem de algum lugar<br />E aí me dá<br />Como uma inveja dessa gente<br />Que vai em frente<br />Sem nem ter com quem contar<br /><br />São casas simples<br />Com cadeiras na calçada<br />E na fachada<br />Escrito em cima que é um lar<br />Pela varanda<br />Flores tristes e baldias<br />Como a alegria<br />Que não tem onde encostar<br /><br />E aí me dá uma tristeza<br />No meu peito<br />Feito um despeito<br />De eu não ter como lutar<br />E eu que não creio<br />Peço a Deus por minha gente<br />É gente humilde<br />Que vontade de chorar"<span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; line-height: 18px;font-family:Verdana,sans-serif;font-size:12px;"><div><p class="MsoNormal"></p></div></span><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-18657492901120699662011-06-13T06:40:00.008-03:002011-06-13T07:30:27.963-03:00Poema em Linha Reta<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8xZKy8eSUoBbqjyGSbzVGP-MSMu994KbBN03S83PMmiOQQvoI7a2qNqpf_sofl6OlLiYi01YHgfzrVfQ4qv4LGJuixD-WfC0p3BT0yMXeXyXFhOjCyHoPHQfsU9FgQQ8WC8ixQ-ACbs/s1600/1a.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 225px; height: 224px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8xZKy8eSUoBbqjyGSbzVGP-MSMu994KbBN03S83PMmiOQQvoI7a2qNqpf_sofl6OlLiYi01YHgfzrVfQ4qv4LGJuixD-WfC0p3BT0yMXeXyXFhOjCyHoPHQfsU9FgQQ8WC8ixQ-ACbs/s400/1a.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617638667807845650" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 255, 0);" class="Apple-style-span"><span><span>FERNANDO PESSOA (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935)</span></span></span><br /><br />Nunca conheci quem tivesse levado porrada.<br />Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.<br /><br />E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,<br />Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,<br />Indesculpavelmente sujo,<br />Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar<br />banho,<br />Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,<br />Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,<br />Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,<br />Que tenho sofrido enxovalhos e calado,<br />Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo<br />ainda;<br />e tenho sido cômico às criadas de hotel,<br />Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,<br />Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,<br />Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado<br />Para fora da possibilidade do soco;<br />Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,<br />Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.<br /><br />Toda a gente que eu conheço e que fala comigo<br />Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,<br />Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes<br />- na vida...<br /><br />Quem me dera ouvir de alguém a voz humana<br />Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;<br />Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!<br />Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.<br />Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?<br />Ó príncipes, meus irmãos,<br /><br />Arre, estou farto de semideuses!<br />Onde é que há gente no mundo?<br /><br />Então sou só eu que é vil e errôneo nesta<br />terra?<br /><br />Poderão as mulheres não os terem amado,<br />Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!<br />E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,<br />Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?<br />Eu, que venho sido vil, literalmente vil,<br />Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.<div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-11451908670856070422011-05-08T22:57:00.010-03:002011-05-08T23:38:57.326-03:00Ensinamentos maternos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9qqihaOYn52mhChI06ao4xGf36u4ndaexyXuxwb9MknWoe4M3EVgV_GZsk3aI4ygXhz9jiZT5KepnPbTYyjicqYwpYFcsciVI1kmvVslTrlzwESCTYPtsOL4BsIK8RGgGDAHfkps-fwk/s1600/a.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 296px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9qqihaOYn52mhChI06ao4xGf36u4ndaexyXuxwb9MknWoe4M3EVgV_GZsk3aI4ygXhz9jiZT5KepnPbTYyjicqYwpYFcsciVI1kmvVslTrlzwESCTYPtsOL4BsIK8RGgGDAHfkps-fwk/s400/a.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604529948409615266" /></a><div><div><div><div style="text-align: -webkit-auto;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; ">Minha mãe me ensinou a VALORIZAR O SORRISO...</span></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; ">"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"</span></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><span class="Apple-style-span"><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana">Minha mãe me ensinou a RETIDÃO...<br />"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"<br /><br />Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...<br />"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"<br /><br />Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...<br />"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"<br /><br />Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...<br />"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PRA VOCÊ CHORAR!"<br /><br />Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...<br />" FECHA A BOCA E COME!"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...<br />"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...<br />"CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA, VOCÊ VAI VER SÓ..."<br /><br />Minha mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...<br />"OLHE PRA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...<br />"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE, VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...<br />"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre GENÉTICA...<br />"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...<br />"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA, É?"<br /><br />Minha mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...<br />"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"<br /><br />Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...<br />"MELHOR REZAR PRA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"<br /><br />Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...<br />"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"<br /><br />Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...<br />"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"<br /><br />Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...<br />"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TUDO!"<br /><br />Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOQUO...<br />"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"<br /><br />Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...<br />"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"<br /><br />Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...<br />"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"<br /><br />Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...<br />"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."<br /><br />Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...<br />"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"<br /><br />Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...<br />"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER, VOCÊ LEVA UMA SURRA!"</span></p></span></div></div></div></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-14926025035157524092011-04-01T22:14:00.006-03:002011-05-02T17:43:23.607-03:00Quatro anos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDq1XMerQ3RVnRZ4lPlxHY51PUrSbwaxthB8ErQjYnL-eo8DuRNWRnrg0yg-B1Il9D9BneEsB4UsSkO4Ocaw_fIdLQCA_swkqePzI5Qpm3MI_4-ohhPrjKL52bqZcYZhvee-PozfbCiMU/s1600/bolo_aniversario.gif" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 237px; height: 297px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDq1XMerQ3RVnRZ4lPlxHY51PUrSbwaxthB8ErQjYnL-eo8DuRNWRnrg0yg-B1Il9D9BneEsB4UsSkO4Ocaw_fIdLQCA_swkqePzI5Qpm3MI_4-ohhPrjKL52bqZcYZhvee-PozfbCiMU/s400/bolo_aniversario.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5590788829359919266" /></a>Primeiro de abril, dia da mentira. Há quatro anos, escolhemos este dia como o ideal para dar início a este blog. Seria um jornal virtual para divulgar, principalmente, notícias mentirosas, coisas inexistentes. Nada de difamação, apenas brincadeiras com certas coisas que acontecem em nossas vidas. Já que não podemos mudar o mundo, como a gente pensava anos atrás, vamos nos divertir um pouco, pelo menos.<div><br /></div><div>Logo nos primeiros dias, conhecemos pessoas legais, que nos acompanham até hoje. Gente que nunca encontramos pessoalmente, mas estão lá em nossas páginas do Twitter, Orkut, Facebook, trocamos e-mails etc.</div><div><br /></div><div>Muita gente sumiu dos blogs. Felizmente, boa parte desse pessoal continuou mantendo contato. Alguns blogueiros desapareceram até da internet, porém. Alguém aí tem notícias, por exemplo, da Patty Alves, uma excelente blogueira de Volta Redonda, editora do blog "Palavras"? Foi uma das que nos ajudou bastante no início. De repente, sumiu. E, como "amigos virtuais", ficamos preocupados com seu sumiço.</div><div><br /></div><div>Outras blogueiras do primeiro time, como Yvonne Dimanche, Regina Simões e Nathália Esthevlana, também abandonaram seus blogs, mas mandam notícias de vez em quando. </div><div><br /></div><div>Nem todo blogueiro é gente boa, e também conhecemos caloteiros e pilantras nesses quatro anos. Mas, como hoje é uma data festiva, vamos deixar isso de lado. No entanto, fica a dica. Quem quiser maiores detalhes, basta nos escrever.</div><div><br /></div><div>Ficamos felizes ao constatarmos que brilhantes blogueiras, como Kamilla Barcelos, Dama de Cinzas e Anna Vitória, continuam com seus blogs. Sabemos também que algumas blogueiras têm o péssimo hábito de ativar ou desativar seus blogs de acordo com sua vida sentimental. Se têm namorado, não têm blog. E vice-versa.</div><div><br /></div><div>Outros aumentam ou diminuem as postagens de acordo com a movimentação (ou a falta de) estudantil ou profissional. Foi o que aconteceu conosco nos últimos meses. Reduzimos nossas postagens por mudanças em nossa vida profissional. Mas, sempre que podemos, voltamos a blogar.</div><div><br /></div><div>Muita coisa ainda poderia ser dita. Um aniversário também é um dia de reflexão, de retrospectiva de uma vida. Vamos deixar isso para futuras postagens. Hoje, deixamos aqui o nosso agradecimento a todos os blogueiros e demais leitores que nos visitam regularmente. Agradecemos igualmente aos novos visitantes e seguidores. A intenção desse blog é fazer com que todos nós possamos nos divertir um pouco no meio desse mundo tão cheio de coisas estranhas. Que possamos refletir sobre essas coisas também. </div><div><br /></div><div>Afinal, podemos rir e pensar ao mesmo tempo, não é mesmo?</div><div><br /></div><div>Aquele abraço! </div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com51tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-45369449491311295182011-03-27T06:50:00.005-03:002011-03-27T07:04:15.108-03:00Sergio Aragonés e a evolução humana<div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqOfBlIVdXXdW3j3MZkRAglE28bFN9htaIZS5dRk-shNqqe_NZZtBu6WG4R4yT_Ai_2WoSjHkz2H2UUToomgr7w4JHorM02e6UsScVTN2bnElcr6QsyZtH_Hd8S7heRvv7dIzQY78uW6M/s1600/aragones.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 268px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqOfBlIVdXXdW3j3MZkRAglE28bFN9htaIZS5dRk-shNqqe_NZZtBu6WG4R4yT_Ai_2WoSjHkz2H2UUToomgr7w4JHorM02e6UsScVTN2bnElcr6QsyZtH_Hd8S7heRvv7dIzQY78uW6M/s400/aragones.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5588695628202056034" /></a></div></div>Clique na imagem para ampliar<div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-82313212976780952682011-03-17T06:25:00.005-03:002011-03-19T04:34:51.589-03:00Hurricane Smith - Don't Let it Die<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/AJIkf0Wl4hI?fs=1" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><br /><br />Passem aqui também:<br /><br /><a href="http://bit.ly/fqpiYL">http://bit.ly/fqpiYL</a><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-38137556717808321232011-03-01T07:35:00.004-03:002011-03-01T07:48:52.374-03:00A importância da receita médica<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNyztCcsoIrIwwqoQyjAgcSKP7qZdf6BTU14EmEHqlCVEDfSvJNLN52TtGmTQtP-NYcDEmPX_liRIvuiN4P0G6ohfGR5SPWjXLMOC2Xmzn8Q8hV7kdnS-JWn8JNaybNmbpPZbDz2r6cGY/s1600/a.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 278px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNyztCcsoIrIwwqoQyjAgcSKP7qZdf6BTU14EmEHqlCVEDfSvJNLN52TtGmTQtP-NYcDEmPX_liRIvuiN4P0G6ohfGR5SPWjXLMOC2Xmzn8Q8hV7kdnS-JWn8JNaybNmbpPZbDz2r6cGY/s400/a.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579058615784141394" /></a><span class="Apple-style-span">Numa pequena cidade do interior, uma mulher entrou em uma farmácia e disse ao balconista:<br /><br /></span><div><span class="Apple-style-span">- Por favor, quero comprar arsênico.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">- Arsênico? Mas, não posso vender isso assim, sem mais nem menos! Qual é a finalidade?<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">- Matar meu marido.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">- Para este fim? Piorou, minha senhora. Eu não posso vender....<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">A mulher abriu a bolsa e tirou uma fotografia do marido, transando com a mulher do balconista.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">- Ah, booom!... COM RECEITA É OOOUUUTRA COISA! </span></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com29tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-31747776805369090132011-01-23T19:55:00.006-02:002011-01-28T07:50:21.581-02:00Cidadão Kane<iframe src="http://www.youtube.com/embed/iVZlHSfUp84?fs=1" allowfullscreen="" width="425" frameborder="0" height="344"></iframe><br /><br />Um clássico inesquecível! Sigam este link:<br /><br /><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px; line-height: 14px;"><a href="http://lematinee.wordpress.com/2011/01/19/cidadao-kane-1941/">http://lematinee.wordpress.com/2011/01/19/cidadao-kane-1941/</a></span></span><div><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px; line-height: 14px;"><a href="http://lematinee.wordpress.com/2011/01/19/cidadao-kane-1941/"></a><br /></span></span><div><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px; line-height: 14px;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><a href="http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fbit.ly%2FdLJYMx&h=558a0" rel="nofollow" target="_blank" style="cursor: pointer; color: rgb(59, 89, 152); text-decoration: underline; "></a></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px; ">Caso alguém queira comentar, por favor comente no blog Le Matinée (link acima), onde o post sobre Cidadão Kane foi publicado. Os comentários aqui foram desativados e só voltarão na próxima postagem. Obrigado a todos.</span></span></span></div><div><div><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px; line-height: 14px;"><br /></span></span></div></div></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-12165631392337391812011-01-07T21:05:00.006-02:002011-01-07T21:19:05.157-02:00Receita de frango com batatas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZEhCn47IcAQ4NfjUS1mYbyRKXsHhNtfYmQTpnYqUKo-GiTEt_jnqlSwHj6nIDv-nbwDkhvtVWvNX5bm1__0N-HWWMa-8xW1l6upCvghK8D3MSaGdaGdeu2WG97WIhOt8jvXNSSrKOK1s/s1600/erros+ao+escrever.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZEhCn47IcAQ4NfjUS1mYbyRKXsHhNtfYmQTpnYqUKo-GiTEt_jnqlSwHj6nIDv-nbwDkhvtVWvNX5bm1__0N-HWWMa-8xW1l6upCvghK8D3MSaGdaGdeu2WG97WIhOt8jvXNSSrKOK1s/s400/erros+ao+escrever.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559586173722341890" /></a><div style="text-align: center;"></div><span><span>Pegue um frango de mais ou menos 2 kg</span></span><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>1 kg de batatas<br /><br />500 ml de azeite extra virgem<br /><br />Cheiro verde e pimenta a gosto<br /><br /><br />MODO DE PREPARAR<br /><br />Gratine as batatas<br /><br />Beba uma dose de whisky<br /><br />Tempere o frango com cheiro verde, pimenta e azeite<br /><br />Tome mais duas doses de whisky<br /><br />Junte as baatatass no frango e leve ao forno<br /><br />Toma oooooutra dose de uissski<br /><br />Acompanhe visualmente o pato, quer dizer o vrango, pra num queimá<br /><br />Mais uma dose de uviske<br /><br />Deixa ele no vorno umas 04 horas bra ele zi vudê de calor e bebe oviske na gaaaarraaaava memo<br /><br />Tira o bicho daquela pooorrra de vorno<br /><br />Pega o vrango que caiu no jão e limpa ca gamisa memo<br /><br />Bebe mais uma<br /><br />Desliga a bóóóósta do vogão, garaio!<br /><br />Zi voda que queimô, cê nem gossta muito desssta porrra de bato<br /><br />Pega o que zobrô do viski, liga a tevesisão, deita no zofá e dórmi!</span></span><span><span></span></span><span><span></span></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-weight: bold; line-height: 18px; "><span class="Apple-style-span"></span></span></div></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com36tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-13033238668663775322010-12-26T03:21:00.003-02:002010-12-26T04:14:12.486-02:00Então, é Natal?!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHSfqZ7IJaW9U2Mh2YUQAu0mFL8EQfCVvHVnKi3uCeuBWHYLrwOQgGjMJ0X79jyB8dZ6azUKBZVzMsHY2L7xFNC85iOXSzEutJo15tkKnkFbGXAiEEcOod1Q1WWF2pX1-WYcciuvjXLAg/s1600/0.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 233px; height: 216px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHSfqZ7IJaW9U2Mh2YUQAu0mFL8EQfCVvHVnKi3uCeuBWHYLrwOQgGjMJ0X79jyB8dZ6azUKBZVzMsHY2L7xFNC85iOXSzEutJo15tkKnkFbGXAiEEcOod1Q1WWF2pX1-WYcciuvjXLAg/s400/0.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554857058847369122" border="0" /></a><h1 style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; vertical-align: baseline;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size:21px;"><br /></span></span></h1> <p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; line-height: 18pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Georgia;" ></span></p><span style="color: rgb(255, 255, 0);"><span><span class="Apple-style-span">Rúbia Gondim</span></span></span><div style="color: rgb(255, 255, 0);"><span><span><span class="Apple-style-span"> BLOGUEIRA CONVIDADA</span></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Recebi durante a semana uns 3957 e-mails, 2573 scraps, 102 mensagens no Facebook, cerca de 75409327584 tweets e algumas DMs desejando-me um “feliz Natal” em cartões enfeitados com renas, neve, o bom velhinho, dingo bells e tudo que o photoshop dá direito. Algumas (sei lá, umas 3 ou 5) pessoas citaram o nome de Jesus. Diziam eles, trocando em miúdos, que Jesus é capricorniano. Engraçado isso, porque Capricórnio é signo de quem nasce em dezembro. Ele no máximo é de Áries. Talvez meus amiguinhos tenham trocado os nomes, porque quem faz aniversário nesse dia é Mitra, um camarada chegado em vinho e pão.</span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Dois milênios depois que Constantino instituiu o 25 de dezembro como Natal, ver filmes hollywoodianos em que os pais dizem aos filhos que o presente embaixo da árvore de plástico foi deixado durante a madrugada por um sujeito gordo, velho e barbudo que desceu pela chaminé, virou costume. Como a vida imita a arte, essas fantasias ainda são alimentadas na cabeça dos pivetes. Mas isto traduz o espírito de abnegação do Natal, já que você se mata durante 12 meses pra comprar o presente mais caro na Ri Happy e quem fica com os créditos de bom velhinho é o Noel; você fica apenas com o nome no Serasa.</span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span> As crianças da Etiópia são malvadas, por isso ficam sem presentes no dia 25 de dezembro. Isso não importa muito, já que lá eles não comemoram o Natal. Aliás, lá eles não comemoram nada! O que há pra se comemorar ganhando U$ 94,00? Já que Noel não investe em presentes para os famintos etíopes, decidi colocar em minha cartinha um Troller T4, um Wii e um apê em Dubai. Coisinha singela para que o espírito natalino se manifeste em meu coração, assim como se manifestou no coração de Edir Macedo, Estevam Hernandes, bispa Sônia e outros corruptos universais, assembleianos, pentecostais… Só espero que Noel não seja onisciente – como o Google – senão eu fico até sem as meias que minha avó insiste em me dar todo ano, todo ano, todo ano!<br /><br /></span></span></div><div><span><span>Mas, o Natal tem outro objetivo além de ficar de folga, comer peru e panetone, aprontar e ficar ileso porque seus pais querem manter a harmonia familiar (pelo menos na frente dos convidados para a ceia), ganhar presentes nos N amigos ocultos que você participa (mesmo sem querer), entrar de férias e encher a cara na frente da sua sogra, sem que isso seja uma ofensa para aquela alma pura… E esse objetivo transcende todo rancor guardado em nossos corações, é maior que qualquer sentimento mesquinho e atos sujos. Devemos prestar atenção no ser magnífico, altruísta, humilde e, ainda assim, superior: o papa. Alguém lembra o nome desse cara que substituiu o João Paulo II? Seja quem for, não quero ele entrando de madrugada na minha casa, ainda mais se tiver alguma criancinha por perto. Michael Jackson que me livre!</span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><span style="color: rgb(255, 255, 0);" class="Apple-style-span">Rúbia Gondim pode ser encontrada</span> <a href="http://colerica.wordpress.com/">aqui.</a> </span></span></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-59330818060718159242010-12-10T22:03:00.006-02:002010-12-22T16:13:54.523-02:00O pedreiro que tricotava<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKW17wErq41e7GNc6bv4Nc4hzvhZza2YHjmYdNEX3xbSGZHgWVxa3lD5xazq5OzXTGjZv905xwNOQuq_zgSrKTJHUgKpdlaphbjqLVpy-IbCcn8zWJQm55D31dVyV4DEEu5jizhGwfI0/s1600/0.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 389px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKW17wErq41e7GNc6bv4Nc4hzvhZza2YHjmYdNEX3xbSGZHgWVxa3lD5xazq5OzXTGjZv905xwNOQuq_zgSrKTJHUgKpdlaphbjqLVpy-IbCcn8zWJQm55D31dVyV4DEEu5jizhGwfI0/s400/0.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549210362006783954" border="0" /></a><p style="color: rgb(255, 255, 0);" class="MsoNormal"></p><span style="color: rgb(255, 255, 0);">Ivani Cunha</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 0);">JORNALISTA CONVIDADO</span><p style="color: rgb(255, 255, 0);" class="MsoNormal"></p> <p style="color: rgb(255, 255, 0);" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 255, 0);"></span></p><div style="text-align: left;"><blockquote><div style="text-align: left;"></div><p style="color: rgb(255, 255, 0);" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"></span></p></blockquote></div><p style="color: rgb(255, 255, 0);" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"></span></p><p style="color: rgb(51, 102, 255);" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span">(Para meu pai)</span></p><p class="MsoNormal"><span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal">É pouco provável que o pai do leitor ou da leitora saiba tricotar.</p> <p class="MsoNormal">Trabalho, passatempo, vício, tricô é coisa de... mulher.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Meu pai, com suas mãos ásperas de operário da construção civil, ignorou esse estigma e aprendeu a dominar as agulhas de tricô. O fio de lã, passando de uma agulha a outra, permite a execução de dois tipos de ponto que servem de base a grande variedade de padrões, define o “Aurélio”. Mas a leitura do dicionário é insuficiente para alguém aprender a fazer; é preciso prestar atenção em outra pessoa que já tricota, depois treinar e treinar.</p>O início, para ele, foi por acaso, numa das longas fases de afastamento do trabalho motivadas pela doença de Chagas, que o levaria desta vida antes dos 60 anos. <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Uma de minhas irmãs treinava com as agulhas, enquanto meu pai lia o seu jornal kardecista. Um olho nas páginas, outro nas mãos da filha, nas agulhas que iam e viam, depois voltavam ao início formando a teia.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Nos dias seguintes ele continuou a observação, sempre sentado na mesma cadeira diante da filha. Aprendeu todos os detalhes: a posição das mãos, a altura em que deveria manter a peça diante dos olhos, a trajetória das agulhas, seus volteios, quando fazer inserção única ou dupla nas carreiras, etc. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Uma tarde ele esperou a filha levantar-se da cadeira para ir à cozinha ou cuidar de outro afazer. Então pegou os novelos de lã, as agulhas e começou a atravessá-las na peça com movimentos sincronizados, comparando de tempo em tempo o resultado do trabalho com o já produzido pela titular do serviço.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Estava bem concentrado quando a dona do tricô retornou à sala. Entregou-lhe os apetrechos e, meio sem graça, reiniciou a leitura do jornal. A filha procurou algum estrago em seu tricô e não encontrou. Apenas desconfiou que não havia interrompido o trabalho naquele ponto. Se, naquele momento, tivesse prestado atenção no homem à sua frente, veria seu meio-sorriso de satisfação.Talvez até pudesse ler em seus olhos que ele achara muito mais fácil aprender a tricotar do que levantar paredes e fazer o acabamento das obras – e nisso ele era mestre.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Tricotar era bem mais fácil e deixava a cabeça leve, os problemas esquecidos horas e horas numa parte escura da memória. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Assim, ele aprendeu a produzir sapatinhos e fez um par, de lã azul-clarinha, para o primeiro neto. Depois tricotou uma blusinha de mangas compridas da mesma cor para o bebê.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Os filhos se surpreenderam só um pouco com a nova diversão do pai. Bem melhor que o vício do cigarro, cultivado desde a juventude e só abandonado poucos anos atrás, depois de muitas ameaças dos médicos.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Não durou muito o gosto pelo tricô, mas valeu como mais uma demonstração de versatilidade daquele homem que aprendeu a tocar violão de ouvido, tinha sempre um livro à mão e evitava ensinar o significado das palavras (“Meu filho, consulte o nosso dicionário e aproveite para aprender mais, lendo também o sinônimo da palavra que vem antes e o daquela que vem depois dessa que você procura”).</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Desconhecia a barreira que naquela época impedia a maioria dos homens de assumir o fogão e preparava deliciosos bolos e broas de fubá no forno a lenha, e depois no fogão a gás. “Não comam quente porque terão dor de barriga”, dizia, depois de conferir o cozimento enfiando o cabo do garfo na massa, quase deixando ler em seus olhos o real objetivo da advertência, que era o de manter os apressados a distância do fogão.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ficou também a lembrança dos escassos períodos em que meu pai, depois dos 40, tinha condições de trabalhar. Nesses dias, levantava mais cedo cantando modinhas antigas e preparava um feijão tropeiro legítimo, com todos os ingredientes proibidos pelo médico.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Nunca mais comi feijão tropeiro com aquele delicioso sabor de transgressão, e até hoje não sei de ninguém que use com a mesma competência a colher de pedreiro e a agulha de tricô.</p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 0);" class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span">Ivani Cunha é jornalista em Belo Horizonte</span></p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com29tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-13023831717359312182010-11-28T22:10:00.000-02:002010-11-28T22:10:11.263-02:00O gordo e o magro ao som de Santana<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/_LYLYV4URGY?fs=1" frameborder="0"></iframe><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-38423445102755901742010-11-10T05:31:00.027-02:002010-11-23T02:22:43.369-02:00Música<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxvz5CVsFSPeMeHXKNq9M5IToVvxx2ikZ1Fmvz8dNZO455JV8A7NfpHKb0_2vOza-7bRF79KWnFKbw3pLB2iAR-OM1xQCcE5BfwUIMNe7xE7xW_zwPJFk8mJO-bCFduRwVp0UMRqkZsD0/s1600/000.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 225px; height: 225px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxvz5CVsFSPeMeHXKNq9M5IToVvxx2ikZ1Fmvz8dNZO455JV8A7NfpHKb0_2vOza-7bRF79KWnFKbw3pLB2iAR-OM1xQCcE5BfwUIMNe7xE7xW_zwPJFk8mJO-bCFduRwVp0UMRqkZsD0/s400/000.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537820769695341170" border="0" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 0);">Letícia Panichi<br />BLOGUEIRA CONVIDADA</div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal"></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >"A música é o maior mistério do mundo. Como combinações sonoras e melodias resultam naquilo que eu, e muitos outros, não conseguem passar um dia sem ouvir? Independente da letra, do tipo musical ou até mesmo da batida, só é preciso que haja aquele efeito no corpo. Aquele que fará você mudar de sensação, passando para um mundo paralelo. Aquele que colocará um sorriso em seu rosto, ou até mesmo lágrimas nos olhos. Aquele que fará suas pernas saírem dançando a cada compasso do ritmo. Aquele que, com certeza, é o melhor curativo para qualquer ferida <span class="Apple-style-span">emocional</span>.</span></div><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois de anos de conturbadas mudanças musicais, os anos 60, 70, 80 e até os 90, o mundo esqueceu o que é musica - exilando os poucos que ainda se salvam. Música não é qualquer grito, ou qualquer palavra dita em um ritmo que não combina, que não transmite efeito nenhum, nenhum mísero sentimento. Não é preciso apenas ter um rosto bonitinho para se tornar músico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É mais que isso. Me sinto ofendida pelos grandes nomes da música que são obrigados a ter a mesma profissão que muitos que não batalham para conseguir. Nomes como Elton John, os próprios - e meus amados - Beatles, Eric Clapton, Creedence Clearwater, Led Zeppelin, Cazuza, Cássia Eller, Janis Joplin, Aretha Franklin, Michael Jackson, U2, Rolling Stones, Rita Lee, Chico Buarque, Etta James, Bob Marley, entre inúmeros outros que possuem o grande reconhecimento que têm do mundo. Não precisa gostar da música deles, mas é preciso que saiba reconhecer o que eles foram e o que eles são para o mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vivo em um lugar em que o sentimento musical, de revolta, de paz, de amor, de ódio, de ilusão e de desilusão deram lugar para palavras sem nexo jogadas no ar. As letras são sempre as mesmas, os acordes variam entre C e D, nada mais que isso. Nenhum sentimento de satisfação, nada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não posso os culpar, estamos localizados em uma década de nada de importante à História. Nada mesmo. A música é a expressão do que sentimos e do que estamos vivendo. Quando não há nada de novo acontecendo, não há sobre o que cantar, além de "Como eu te amo baby baby", "Vem ser minha yeah yeah", "Sou foda, me adora".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Me envergonho de que no futuro irei contar de como as músicas da minha época não transmitiam sentimento algum, apenas uma ou outra que faziam sentir algo diferente, nada além disso. Cresci ouvindo histórias de como Chico Buarque, Caetano e Milton cantavam contra a ditadura para as pessoas, para a própria liberdade de expressão, para quem pudesse escutar o grito de socorro deles.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No futuro, irei contar como Cine queria ser completado por uma garota radical, como Créu chegava na velocidade número 5, como a Dança do Quadrado tinha diversas variações, como Restart tinha uma família que era uma puta falta de sacanagem, como Justin Bieber era um Baby baby ooh, como todas as bandas disputavam quem falava mais besteiras e mais letras melosas, como eu vivi em uma época que não contribuiu em nada para a expressão da sociedade, como me sinto mal por isso e de como eles não tinham sobre o que cantar, já que o mundo estava cada vez mais monótono e perdido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não serei hipócrita de negar que escuto - e até gosto - de músicas que tocam nas rádios. Gosto sim, escuto sim, mas sei perfeitamente a distinção de música que levarei no meu mp3, mp4, iPod, o que for, e de música que levarei pra vida. Com toda a certeza de que, se você procurar em todas as rádios do mundo inteiro, você não irá achar música para levar para a sua vida. Se achar, me avise, que eu apago toda essa meia hora perdida digitando de como a música perdeu seu verdadeiro sentido para ser algo totalmente irrelevante."</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="color: rgb(255, 255, 0);" class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Letícia Panichi, 17 anos, é blogueira e tuiteira do primeiro time e pode ser encontrada</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"> </span><span class="Apple-style-span"><a href="http://inclusaonaoreal.blogspot.com/">aqui.</a></span></span></div></span></span></span><p></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"></span></span></span></p><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><a href="http://inclusaonaoreal.blogspot.com/"></a></span></span></span></span></span></div><p></p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-442592183487341412010-10-26T13:36:00.002-02:002010-10-26T13:37:46.527-02:00Vai ou não vai para o trono?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYUphgBMKcZEFAvDy8TEKTHiY-eonlbTRob57GbJ0ntmdyo5AE5jc8dxBdggDmyY39C90dMX7I0jTMSNJlAoZZvZb87HBH00jKpocK-IHXMTv0ptvj8XYd4qLBkZDR4ehXeWd0cvaNP78/s1600/0.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 246px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYUphgBMKcZEFAvDy8TEKTHiY-eonlbTRob57GbJ0ntmdyo5AE5jc8dxBdggDmyY39C90dMX7I0jTMSNJlAoZZvZb87HBH00jKpocK-IHXMTv0ptvj8XYd4qLBkZDR4ehXeWd0cvaNP78/s400/0.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532379323351678242" /></a><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com34tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-49899611029198530152010-10-04T05:11:00.008-03:002010-10-04T07:36:53.849-03:00Um amor de 40 anos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhZxtknkLGhoqJn221xTOw9Z2q1VYX2FhXELjmx0qXeCzNlAki361CLAlm76wrBDxuPCx_SY7UEQU6KSgohncxkt0elQjCt_Vz1dQKFJRa1ygsBJrwrG8qHs2V4q30HXvsaQQJm8EKFOo/s1600/1g.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 218px; height: 231px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhZxtknkLGhoqJn221xTOw9Z2q1VYX2FhXELjmx0qXeCzNlAki361CLAlm76wrBDxuPCx_SY7UEQU6KSgohncxkt0elQjCt_Vz1dQKFJRa1ygsBJrwrG8qHs2V4q30HXvsaQQJm8EKFOo/s400/1g.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524137021782828514" /></a><p class="MsoNormal">Pode um amor durar 40 anos? Ou mais? Sem ficar antigo, sem envelhecer? Pode alguém esperar tanto tempo pela volta desse amor? Pode alguém acreditar que príncipes e princesas não vão virar sapos? O amor de um menino e uma menina pode continuar brilhando como uma pérola quando eles se reencontram muitos anos depois?</p> <p class="MsoNormal">É possível sofrer por alguém na juventude e depois sorrir ao lado dessa mesma pessoa anos depois? É possível amar e ficar quietinho, sem que a pessoa amada saiba desse amor? Quantos tipos de amores você conhece?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Aquele amor que escrevia cartas e não entregava? Que te olhava de longe e você não percebia? Que fazia redações no colégio pra você, mas você nunca leu?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Janis Joplin, em sua curta carreira profissional (1967-1970), conseguiu cantar sobre quase todos os tipos de amores. Ou todos, quem sabe? O tempo foi pouco, mas ela se entregava de tal forma às canções que seu estilo marcou não apenas uma geração. Marcou a arte de cantar. De uma forma que só ela sabia.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Janis morreu aos 27 anos, no dia 4 de outubro de 1970, pouco depois da morte de outra lenda do rock, Jimi Hendrix, em 18 de setembro. Era o anúncio do fim da era Flower Power. O fim de um sonho.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Mas quem disse que não devíamos mais sonhar, John Lennon, no ano seguinte voltou pra dizer que era sim um sonhador e você devia imaginar um mundo melhor. Como nas canções de amor de Janis. Que cantava a solidão e a dor, mas também a esperança de que o amor perdido no tempo pudesse um dia ser encontrado. Ela tinha o apelido de Pearl, Pérola. E então não morre.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Brilha para sempre.</p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com52tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-62596077382344082102010-09-08T06:41:00.006-03:002010-09-08T06:59:57.822-03:00Ídolo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRl8ZbFd3WfdDWmKjZRAh_bpNq2uMvD5zylrzKgRg_i8R8G9dnx88VqYUt0vRZmgfd7mbD0rX1fuANnN0__2QPDtnf9PjQsPYJqwZA5moFQr9Z97RpTFaDpz5oTeDPwg9BaT30B5sOw80/s1600/1b.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 168px; height: 256px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRl8ZbFd3WfdDWmKjZRAh_bpNq2uMvD5zylrzKgRg_i8R8G9dnx88VqYUt0vRZmgfd7mbD0rX1fuANnN0__2QPDtnf9PjQsPYJqwZA5moFQr9Z97RpTFaDpz5oTeDPwg9BaT30B5sOw80/s400/1b.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514476310795843954" /></a><div><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Chico PF</span><div><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">(Francisco Paula Freitas)</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">O pior, amigo, é que a gente só chama a polícia depois da porta arrombada. Eu não precisava passar por nada disso, de puxar cadeia, sujar meu nome e quase estragar a minha vida. Tinha ali mesmo do meu lado, como exemplo, o meu pai, Jorge Veneno, que eu posso até estar errado, mas nunca vi ninguém mais malandro que ele.</span></div><div><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">Eu era filho único e, quando era pequeno, ainda não sabia nem ler, já ajudava minha mãe a separar as muitas letrinhas daquelas massinhas de fazer sopa. Era demorado, vinha muito a-e-i-o-u, mas as letras dele eram mais difíceis, o J então! Tem poucas palavras com a letra jota, não é, doutor? Acho que é por isso que vinham poucas. Em cada meio quilo só umas trinta ou quarenta, já do V vinha mais...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">É isso mesmo que eu estou dizendo ao senhor: minha mãe fazia sopa de letrinhas para o meu pai só usando o J e o V, que são as iniciais do nome dele. Não jogava o resto fora, com as que sobravam, em outra panela, ela fazia para nós. Na hora dele jantar eu ficava de antena ligada só para ouvir a conversa, mas não pegava quase nada. Só dava para perceber que eles eram felizes porque riam muito. Agora eu pergunto: isso é ou não é malandragem? Ter uma mulher que faz sopa de letrinhas só com as iniciais do seu nome!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">O doutor precisava ver a alegria dele tomando aquela sopa, que a </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">velha caprichava no tempero, com cebola, alho, tomate, e tinha sempre um pedacinho de paio. Isso nunca faltou. Hoje eu fico pensando naquele crioulão de quase dois metros, rindo e feliz, tomando sopa, só com as suas letrinhas J e V.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Papai era lustrador de profissão. Ele mesmo preparava o verniz com a goma-laca asa de barata, a cola de madeira e o breu. Fazia no fogão lá em casa mesmo. Minha mãe vivia brigando por causa do cheiro. Era horrível. Depois que inventaram esse negócio de envernizar </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">com pistola ou verniz sintético, e qualquer um passou a ser lustrador, aí a coisa apertou. Não havia mais quase trabalho. Foi uma pena. O velho era brilhante. Gostou dessa, doutor?</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Às vezes eles mandavam eu comprar qualquer coisa. Sabe como é, o barraco era pequeno: cozinha, sala, quarto, tudo junto. Naquele tempo a barra era pesada, não era essa moleza de tijolo e telha, era caixote e zinco mesmo. Outro dia vi em uma revista no barbeiro que os bacanas agora também têm apartamentos assim, quarto, mesa, cama, armário, latrina, tudo junto. É um tal de lófiti. Não sei por que os ricos têm essa mania de imitar a gente... A gente faz por necessidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Como eu estava dizendo, mandavam eu comprar vela, sabão e querosene. Quando tinha querosene, que era mais longe, eu </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">desconfiava, me demorava mais ainda e aí eles tinham mais tempo, não é? O doutor está me entendendo...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Vou lhe dar mais uma do meu pai. Ele nunca soube a diferença entre um pé de alface e um de couve; entre uma dália e uma margarida. Não é que ainda assim conseguiu que arranjassem para ele um emprego de jardineiro no quartel de São Cristóvão? Lábia e lero é com ele mesmo. Ainda bem que lá não tinha flores nem horta. O trabalho era cortar a grama do campo de futebol, fazer as beiradas, os cantinhos e os arremates nos outros gramados. Isso, inteligente, ele aprendeu logo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">A grana não era a mesma de antes, mas sabe como é, não é, doutor, pouco com Deus é muito. E depois era garantido, tinha segurança. Como milico gosta de grama, doutor! Era tudo verdinho, às vezes ele me levava lá. Mas olha só, meu pai sempre foi vaidoso, ia para o trabalho todo embecado, que minha mãe fazia de tudo para ele ficar bonito. Terno branco só tinha um, mas sempre muito bem lavado e passado. A velha caprichava no tanque, na goma e no ferro de carvão, e lá ia ele todo elegante. Chegava no quartel, tirava o terno e o sapato bico fino, colocava o macacão e o tamanco, e já pra luta!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Ele tinha um armário com cadeado e deixava tudo lá, guardado. Trabalhava de sol a sol com aquela máquina manual de cortar grama, aquele tesourão e uma pequena enxada de mão, para fazer as beiradas e os cantinhos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">À tardinha, tomava seu banho, ia ao armário, abria o cadeado, e saía todo bem vestido novamente. Mas não é que tem sempre alguém invocando com a cara da gente! Um dia ele ouviu um papo de que um novo capitão, um branquelo de merda, teria comentado que esse tal de Jorge Veneno era muito metido a besta, que esse negócio de jardineiro andar de terno e gravata não era coisa que o Exército deveria permitir.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Disse também umas outras coisas que fizeram o velho sentir que </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">iria dançar logo, logo. O quartel inteiro já comentava a antipatia do capitão pelo meu pai, quando um dia... Eu estou lhe enchendo o saco, doutor? Se quiser eu paro.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Não? Então, como eu ia lhe dizendo, um dia o capitão, ao chegar ao quartel, depois de responder à continência do sentinela, andou uns quatro ou cinco passos e caiu fulminado. Morto, mortinho da silva; colapso cardíaco, doutor. Bateu com as dez.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">No dia seguinte ao acontecido, meu pai demorou a voltar e, ao chegar em casa, estava muito suado, pois vinha carregando um embrulho enorme. Quando abriu em cima da mesa, mamãe quase deu um ataque e gritou, Jorge, tira isso daqui! Sabe o que tinha dentro, doutor?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Imagens de Exu, de Nanan Buruquê, de Xangô, de Iemanjá e da sua mãe Olokum, de Ogum Xoroquê, o Seu Tranca-Ruas, de Omulu e do Zé Pelintra, por quem meu pai tinha uma especial simpatia, acho que mais pela elegância do que pela fé. Também lamparinas, folhas de </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">papel crepom vermelhas e pretas, fogareiro de barro, tigelas, uns galhos de andiroba, umas velas grossas e outras finas, caixas de fósforos, charutos, uns ferros e uns saquinhos com uns pós estranhos.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Nós somos pobres e pretos, doutor, mas os velhos são tementes a Deus. Lá em casa não tem nada disso de macumba, não. Houve uma época em que mamãe tinha muita dor de cabeça. Minha tia disse que ela estava com “encosto”, que ela era médium e precisava se desenvolver. Pra quê!? Mamãe ficou um tempão sem falar com ela. Mamãe foi, bem dizer, criada por uns alemães que nunca quiseram saber dessas coisas. Depois que o velho explicou tudo a ela, foram dormir.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Dia seguinte, papai, bem cedinho, mais cedo que nos dias comuns, acordou, pegou tudo, embrulhou de novo e levou para o quartel. Aí, dentro do seu armário, fez um gongá caprichado. Arrumou os santos, as tigelas, as velas, as plantas, a lamparina, tudo de modo a parecer </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">um canjerê. Feito o serviço, passou, daí em diante, a esquecer, de vez em quando, de trancar o cadeado...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Sabe como é, não é, doutor? Se hoje todo mundo já bisbilhota </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">tudo, imagina antigamente, no tempo da revolução? E ainda por cima, dentro do quartel do exército! O velho nunca mais foi trabalhar de terno nem de sapato bico fino. O armário não era grande, e depois </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">que virou gongá, não cabia mais sua roupa. Também por um pouco de receio. Acho que ele não queria misturar a roupa que usava com aquelas autoridades.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Resultado: os soldados, sargentos, capitães e o próprio comandante passaram a ter o maior respeito pelo meu pai. Agora eu lhe pergunto, isso é ou não é malandragem? O que é que o filho de Jorge Veneno, um cara como esse, foi fazer com aqueles merdas daqueles </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">ladrõezinhos?</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">O filho da minha irmã, meu sobrinho. Ah, não lhe falei. Por conta daquelas compras que eu fazia, principalmente a do querosene, acabei ganhando uma irmã, que agora tem esse menino. Mas os tempos estão mudados, doutor, o garoto, com seus seis ou sete anos, logo enjoou de ajudar a avó a catar as letrinhas. Prefere ver </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">filme de monstro na televisão, não sei qual é a graça. Eu não moro mais com eles, mas mamãe ainda está lá, velhinha, mas está.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Ainda este ano, no aniversário do velho, eu fui. Ele estava todo prosa, com uma camisa branca nova presenteada e engomada pela velha. O bolo do parabéns foi à tarde. Ela não faz tanto a sopa, como </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Verdana;">fazia antigamente, mas o aniversário não deixa passar <st1:personname productid="em branco. No" st="on">em branco. No</st1:personname> almoço teve, só para ele. Pude ver alguns “as” e “eles”, além dos “jotas” e dos “vês” de Jorge Veneno. É que o A, de cabeça para baixo, se parece um pouco com o V, e o L, invertido, para quem já não está enxergando bem, pode parecer um J.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Nem minha mãe nem o velho percebem e, como o senhor sabe, o que os olhos não veem o coração não sente, não é, doutor? Hoje, papai está aposentado. Não usa mais terno branco nem sapato de bico fino. Vive de pijama e chinelo. Sai às vezes, toma sua cervejinha, joga sueca com os amigos e mais não faz. Dorme cedo. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">De vez em quando, vai ao quartel abraçar os velhos amigos. Todo mês, lá pelo dia cinco, chega à casa dele um soldadinho. Leva, dentro de um envelope, com um bonito emblema verde e amarelo, escrito por fora, <i style="mso-bidi-font-style:normal">Ao Senhor Jorge Veneno</i>, uma graninha. Deixa sempre lembranças em nome do comandante e de todos do quartel.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">Meu cunhado agora é quem corta a grama.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;">O gongá ainda está lá.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Publicado em "Café e Bar Ponto Chic", Editora Bertrand Brasil.</span></span></p></div></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com55tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-65053724836768101872010-09-01T21:23:00.005-03:002010-09-01T21:48:37.141-03:00Lennon e o verificador de palavras<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRyTe1NMYytSMA2sodjCNVzZB1SLqSqMZDdMqiwUV60g9kx5uXo56vWuVQYSA57X9p1o8jQWSVWdEiZXko2oxMHba4oyoBL_YZ0eBDnBvv2F6pgpL1lZeeN9hpJskyvjZS-2mZhMPnNfQ/s1600/John1.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 250px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRyTe1NMYytSMA2sodjCNVzZB1SLqSqMZDdMqiwUV60g9kx5uXo56vWuVQYSA57X9p1o8jQWSVWdEiZXko2oxMHba4oyoBL_YZ0eBDnBvv2F6pgpL1lZeeN9hpJskyvjZS-2mZhMPnNfQ/s400/John1.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512106022147067026" /></a></div>Esta é a minha leitura dos últimos dias. Uma verdadeira enciclopédia sobre John Lennon, mais de 800 páginas, porém uma delícia para beatlemaníacos. Em breve, publicaremos aqui uma resenha sobre o livro, de uma blogueira amiga que já leu tudo. Eu ainda tô na metade. Mas o que já li me permite recomendar.<div><br /></div><div>Aproveito pra pedir aos blogueiros amigos que eliminem o tal "verificador de palavras", que surge quando vamos fazer comentários. É uma coisa desnecessária, que só nos faz perder tempo. Basta ir nas suas "configurações" e clicar em "não" na opção "verificação de palavras". Muita gente vai me agradecer depois, hehehe!</div><div><br /></div><div>E, finalmente, uma dica: prestigiem o blog "Le Matinée", criado pela minha amiga Natalia, para cinéfilos da blogosfera. Fui convidado para escrever lá e fiz minha estreia com uma resenha sobre um de meus clássicos favoritos, "Ladrões de Bicicleta". Apareçam! É só clicar aqui:</div><div><br /></div><div> <a href="http://lematinee.wordpress.com"> </a><a href="http://lematinee.wordpress.com/"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhExprZ-H7NK11f6HLefOXv19OIco9yOZkny5owmKA_oYsHHu_uHVweS52Uwt9eYn4LB34sUipJqgw9Bo0V2aydYnCl8Vn-4RVDir-YDqrDM-7U-2tBJ40peklqnMTo4PDdnjn-HHqxaoU/s400/aa.jpg" /></a></div><div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><u><br /></u></span></div><br /></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-78865456451918463672010-08-14T17:58:00.008-03:002010-08-14T18:36:06.482-03:00Roube um lápis para mim<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl6PvarOyB1BncoRA85bU6P3G5VEW-ggDk970ibRmzkbPP9cCIZdyMee-FK_WiBFbVlzneQC658898dbehQVoPbK9eDGwQkS86N6wiklA07ROO71zl3SSnE0sWxiv8ckNvgc-FA8aT5-Q/s1600/a4.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 225px; height: 224px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl6PvarOyB1BncoRA85bU6P3G5VEW-ggDk970ibRmzkbPP9cCIZdyMee-FK_WiBFbVlzneQC658898dbehQVoPbK9eDGwQkS86N6wiklA07ROO71zl3SSnE0sWxiv8ckNvgc-FA8aT5-Q/s400/a4.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505373150056037570" /></a><p class="section1"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Yvonne Dimanche<br />CORRESPONDENTE</span><br /><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Vi na televisão um documentário chamado "Roube um lápis para mim". Trata-se da história verídica de um casal de judeus holandeses (Jacob e Inaka Polak) que se conheceu na Segunda Guerra Mundial. Ele, feio, careca, pobre, contador, dez anos mais velho do que ela e casado com uma mulher instável. Inaka era bonita, rica e namorava um rapaz que não chegou a viver muito tempo. Em que pese o grande drama vivido por essas pessoas e suas famílias, poderíamos dizer que eles tiveram alguma sorte, visto que ficaram em um campo que não era tão pavoroso como os demais e as mortes não foram muitas.<br /><br />Um romance entre um homem casado e uma jovem solteira é assunto tabu até mesmo nos dias de hoje. Eles se conheceram em uma festa e ele se apaixonou perdidamente por ela. As famílias de ambos foram enviadas para esse tal campo em 1943 e todos ficaram no mesmo alojamento. Como ela conseguiu ter uma tarefa burocrática, não foi difícil ter acesso a papéis e lápis. Então os dois resolveram trocar cartas que são simplesmente magníficas e belas, principalmente as dele. Essas cartas ficaram com eles, só que as dela, justamente no dia de sua libertação, caíram na água e ficaram estragadas, só sobraram dez.<br /><br />Bom, milhões de desgraças depois, ele foi transferido para Bergen Belsen e ela para outro campo cujo nome não me recordo. Acabaram-se as cartas e os dois comendo o pão que o diabo amassou. Até que a guerra acabou e ambos voltaram para Amsterdam. Em 1946, eles se casaram e realmente foram felizes para sempre. Tiveram filhos, netos e bisnetos e até 2007 ainda estavam vivos. Ela, uma senhora extremamente linda, e ele continuou mais feio do que a necessidade, porém charmosíssimo. O amor deles nunca acabou e me deixou sensibilizada demais.<br /><br />O que eu achei uma maravilha nessa história é que o desejo de realizar esse amor, tão logo acabasse a guerra, foi o que motivou os dois a continuarem vivos. Tiveram alguma sorte no primeiro campo, se é que se pode chamar isso de sorte, mas posteriormente sofreram demais com doenças intermináveis e tudo mais que vocês já tiveram oportunidade de tomar conhecimento.<br /><br />Esse romance representou para mim um hino ao amor e à superação humana. Enquanto algumas pessoas desistem de viver por conta de uma paixão que foi embora ou porque o seu time foi rebaixado para a segunda divisão, outros fazem opção pela vida e todo o seu esplendor. Foram humilhados e torturados pelos nazistas, mas sempre conservaram dentro de si a sua dignidade e vontade de viver. Eles derrotaram os bárbaros e não se permitiram serem coitados. Conseguiram ser felizes, sabe Deus como.<br /><br />Quando tomo conhecimento de histórias do tipo, chego à conclusão que não adianta procurar Deus ou satisfação em religiões, ideologias, dinheiro, poder ou seja lá o que for. Tudo que existe de bom no mundo está dentro de nós mesmos e ninguém tem condições de nos tornar felizes, caso não tenhamos vontade de ser felizes. Obrigada, Jacob! Obrigada, Inaka!</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Durante alguns anos, Yvonne publicou um dos melhores blogs que conhecemos, o BlogGente. Hoje, dedica-se a outras atividades e é correspondente do Jornal da Lua em Guarapari, Espírito Santo.</span></span></span></p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com37tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-6350884634403173802010-08-02T02:46:00.003-03:002010-08-02T02:57:41.627-03:00O casamento: antes e depois<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWJT7J35f8CxeKWg-1m4R2LXouarod9neXvM8DxxHd4lQN4hKBo4eY4926qyU1B7DYR9j974gCnoEhBVrAfNoT_GvGXpkDWcNfpHipecnF6-gsjmQxVX9_XREoH5fBAfslf-6HcdaEwAs/s1600/a1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 236px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWJT7J35f8CxeKWg-1m4R2LXouarod9neXvM8DxxHd4lQN4hKBo4eY4926qyU1B7DYR9j974gCnoEhBVrAfNoT_GvGXpkDWcNfpHipecnF6-gsjmQxVX9_XREoH5fBAfslf-6HcdaEwAs/s400/a1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5500687472621720242" /></a><p class="MsoNormal">ANTES do casamento:</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - Finalmente! Custou tanto esperar por este momento.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Você quer que eu vá embora?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - Não! Nem pensa nisso.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Você me ama?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - Claro! Muito e muito!</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Alguma vez você já me traiu?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - NÃO! Porque ainda pergunta?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Me beija?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - Evidente! Sempre que possível!</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Você seria capaz de me bater?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - Você está doida! Não sou desse tipo de homem!</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Posso confiar em ti?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ele: - Sim.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ela: - Querido!</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">DEPOIS do casamento: leia de baixo para cima.<span style="font-family:Georgia;color:black"><o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com67tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-26955612442061215762010-07-24T00:02:00.002-03:002010-07-24T00:04:24.804-03:00Escolha bem os seus candidatos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1qsMZgWTiLlSPG6vrbMkMMDQmZiQVIEMqQ7MO1TgCj1aZp0xK3cU6AmZK7Tc_o3t7GnrYjWCvOk8GkRfowq1sq-68fRcLqlRxvEqCk02xZ81c5VNoeZKleik4jKUNG0p9i7whtbErlm0/s1600/Assaltos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1qsMZgWTiLlSPG6vrbMkMMDQmZiQVIEMqQ7MO1TgCj1aZp0xK3cU6AmZK7Tc_o3t7GnrYjWCvOk8GkRfowq1sq-68fRcLqlRxvEqCk02xZ81c5VNoeZKleik4jKUNG0p9i7whtbErlm0/s400/Assaltos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5497303045664317842" /></a><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com48tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-24724522984935051372010-07-16T06:16:00.005-03:002010-07-16T06:47:26.839-03:00Blogs de uma nota só<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlfQUqesVK_yc0zL4tlitds9OOfVdUft-HAsrJALOcHvBJEn8Gs8xux_z0HPC47adXtCK1iR_5a-ROM_nenQ0ULKSztDaPQGtI1PIKPUTOLvxZfriBYLOVvSR0iq9YhkRhmdXZB1LKYMg/s1600/a1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 189px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlfQUqesVK_yc0zL4tlitds9OOfVdUft-HAsrJALOcHvBJEn8Gs8xux_z0HPC47adXtCK1iR_5a-ROM_nenQ0ULKSztDaPQGtI1PIKPUTOLvxZfriBYLOVvSR0iq9YhkRhmdXZB1LKYMg/s400/a1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494437683963774242" /></a><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Dama de Cinzas<br />BLOGUEIRA CONVIDADA</span><br /><br />Mais um post da série "As coisas que eu odeio em blogs!” OK, gente! Já vem eu falar mal dos outros e criar um monte de inimizades! Mas é mais forte do que eu, as situações vão me irritando e chega uma hora que eu explodo num post como este! Também eu nunca fui politicamente correta, nem tenho intenção de ser... Nunca fui boazinha e nem tenho intenção de ser... Nunca fui certinha e nem tenho intenção de ser... Nunca... Ahhh, chega!<br /><br />Vamos a alguns aspectos, características, detalhes, ou seja lá como quiserem dar o nome, em posts que me cansam realmente:<br /><br />Tem gente que não sabe que existe parágrafo. Acho que não aprenderam isso na escola. Porque o post fica um bloco só de palavras amontoadas e você não sabe onde termina uma ideia e começa outra... Até pra ler fica difícil, seus olhos acabam repetindo uma linha, ou pulando outra.<br /><br />Pessoas que se lamentam eternamente da sorte, do destino, são vítimas eternas do mundo, e escrevem isso post após post, sem interrupção. Talvez pra inspirar pena nas pessoas, sendo que pena é um sentimento horrível pra alguém sentir por você. Com o tempo, esses autores de blogs que agem assim acabam por cansar os leitores, que desistem de tanto querer incentivar as pessoas, sem conseguir resultado algum.<br /><br />Tinha uma menina que escrevia bem, mas ela saturou os leitores, acho que eu fui a última que continuou insistindo, até me cansar. E ela parou com o blog por falta de comentaristas. Porque quem reclama eternamente da vida precisa de platéia, sempre! Claro, gente, que não estou dizendo que NINGUÉM NUNCA deva reclamar em seu blog... Eu mesma faço meus posts desabafos. Mas que tal dosar isso com outros assuntos? Ou então reclame com humor, deixando tudo mais leve e gostoso.<br /><br />Pessoas que escrevem especificamente pra alguém num post. Manda um recado, faz uma declaração de amor cheia de detalhes que só os dois conhecem, pede pro(a) amado(a) perdoar seus erros... Enfim... Aquele texto que ninguém entende, exceto o destinatário... A pergunta que fica é: porque não escreve um e-mail? Tem um blog que eu desisti de ler porque não existia qualquer outro assunto que não fosse declarações de amor pra amada...<br /><br />Pessoas sem objetividade... Escrevem um post com um título vago do tipo "A brisa ao luar tem mistérios em mágoas eternas". Aí vai escrevendo de forma confusa e, por mais que force sua mente, você não consegue entender qual foi o assunto/motivo que levou a criatura a escrever o post... Tem uma menina que me foi indicada como excelente escritora, e, por mais que eu leia os posts dela, nada entendo da mensagem que quis passar... Nesses casos, eu desisto rapidinho de tentar seguir a pessoa.<br /><br />A enorme maioria das pessoas que acham que são poetas e escritores de contos e romances não têm o menor talento pra isso... Que tal falar só sobre si? Fica mais interessante! Eu tenho um amigo querido, que adora escrever poemas... Simplesmente não sei o que fazer quando ele me manda ir ao seu blog ler o último poema... São peéééssimos, com rimas muito pobres e totalmente previsíveis... Affe! É uma saia justa pra mim!<br /><br />Posts zen... Daquele tipo: "eu amo a vida", "todos temos que nos ajudar", "amanhã tudo será melhor", "precisamos melhorar o mundo". OKKKKK!!! A pessoa tem o direito de ser positiva e querer passar coisas boas, mas esses posts caem no extremo oposto da pessoa que se lamenta o tempo todo.<br /><br />Soa falso pessoas que estão sempre tão positivas diante da vida, que não têm uma reclamação, um problema, uma chateação, que não se aborrecem com algo que está acontecendo no mundo, parecem um anjo escrevendo um post... Não tenho paciência! Pra mim é o chato zen, que diz que tudo é belo sempre...<br /><br />Não sou importante ao ponto de dizer o que cada um deva ou não postar, e nem tenho esse direito, simplesmente estou dizendo o que me cansa e deve cansar outros leitores... Também não é que seu blog não tenha que ter nenhum desses posts... Meu blog tem alguns desses posts... O problema é a REPETIÇÃO EXCESSIVA... Isso é que mata um blog.<br /><br />Blogs de uma nota só se tornam uma tortura.<br /><br /><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Dama de Cinzas pode ser encontrada</span> <a href="http://confissoes-femininas.blogspot.com/">aqui</a><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">.</span><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com54tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-39171361890152252702010-07-09T21:13:00.008-03:002010-07-09T21:28:14.212-03:00Vinícius de Moraes, poeta e cronista - 19/10/1913 - 9/7/1980<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlQLLjNvvS3ZtY3BjLvVRGa5i82rt_ENELDbEAOHy0R2oAyYDDv_NJdDrL6lhyphenhyphen8c27lxS7fuT30b0HSsRmncWY4JjJKOaGUDi4ViG59n2KV3ZiWqyjUDSuOltqdYDGqinYTsLdqk8vQ_k/s1600/aa1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 385px; height: 393px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlQLLjNvvS3ZtY3BjLvVRGa5i82rt_ENELDbEAOHy0R2oAyYDDv_NJdDrL6lhyphenhyphen8c27lxS7fuT30b0HSsRmncWY4JjJKOaGUDi4ViG59n2KV3ZiWqyjUDSuOltqdYDGqinYTsLdqk8vQ_k/s400/aa1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492064394721409154" /></a><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 255, 0); ">Brotinho Indócil</span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">A insistência daqueles chamados já estava me enchendo a paciência (isto foi há alguns anos). Toda a vez era a mesma voz infantil e a mesma teimosia:</p> <p class="MsoNormal">– Mas eu nunca vou à cidade, minha filha. Por que é que você não toma juízo e não esquece essa bobagem...</p><p class="MsoNormal">A resposta vinha clara, prática, persuasiva:</p><p class="MsoNormal">– Olha que eu sou um broto muito bonitinho... E depois, não é nada do que você pensa não, seu bobo. Eu quero só que você autografe para mim a sua Antologia Poética, morou?</p><p class="MsoNormal">Morar eu morava. É danadamente difícil ser indelicado com uma mulher, sobretudo quando já se facilitou um bocadinho. Aventei a hipótese:</p><p class="MsoNormal">– Mas... e se você for um bagulho horrível? Não é chato para nós ambos?</p><p class="MsoNormal">A risada veio límpida como a própria verdade enunciada:</p><p class="MsoNormal">– Sou uma gracinha.</p><p class="MsoNormal">Mnhum – mnhum. Comecei a sentir-me nojento, uma espécie de Nabokov avant la lettre, com aquela Lolita de araque a querer arrastar-me para o seu mundo de ninfeta. Não resistiria.</p> <p class="MsoNormal">– Adeus. Vê se não telefona mais, por favor...</p><p class="MsoNormal">– Adeus. Espero você às quatro, diante da ABI. Quando você vir um brotinho lindo, você sabe que sou eu. Você, eu conheço. Tenho até retratos seus...</p><p class="MsoNormal">Não fui, é claro. Mas o telefone no dia seguinte tocou.</p><p class="MsoNormal">– Ingrato...</p><p class="MsoNormal">– Onde é que você mora, hein?</p><p class="MsoNormal">– Na Tijuca. Por quê?</p><p class="MsoNormal">– Por nada. Você não desiste, não é?</p><p class="MsoNormal">– Nem morta.</p><p class="MsoNormal">– Está bem. São três da tarde; às quatro estarei na porta da ABI. Se quiser dar o bolo, pode dar. Tenho de toda maneira que ir à cidade.</p><p class="MsoNormal">– Malcriado... Você vai cair duro quando me vir.</p><p class="MsoNormal">Desta vez fui. E qual não é minha surpresa quando, às quatro e ponto, vejo aproximar-se de mim a coisinha mais linda do mundo: um pouco mais de um metro e meio de mulherzinha em uniforme colegial, saltos baixos e rabinho de cavalo, rosto lavado, olhos enormes: uma graça completa. Teria, no máximo, treze anos. Apresentou-me sorridente o livro:</p><p class="MsoNormal">– Põe uma coisa bem bonitinha para mim, por favor?</p><p class="MsoNormal">E como eu lhe respondesse ao sorriso:</p><p class="MsoNormal">– Então, está desapontado?</p><p class="MsoNormal">Escrevi a dedicatória sem dar-lhe trela. Ela leu atentamente, teve um muxoxo:</p><p class="MsoNormal">– Ih, que sério...</p><p class="MsoNormal">Embora morto de vontade de rir, contive-me para retorquir-lhe:</p><p class="MsoNormal">– É, sou um homem sério. E daí?</p><p class="MsoNormal">O "e daí" é que foi a minha perdição. Seus olhos brilharam e ela disse rápido:</p><p class="MsoNormal">– Daí que os homens sérios podem muito bem levar brotinhos ao cinema...</p><p class="MsoNormal">Olhei-a com um falso ar severo:</p><p class="MsoNormal">– Você está vendo aquele Café ali? Se você não desaparecer daqui imediatamente, eu vou àquele Café, ligo para sua mãe ou seu pai e digo para virem buscar você aqui de chinelo, você está ouvindo? De chinelo!</p><p class="MsoNormal">Ela me ouviu, parada, um arzinho meio triste como o de uma menina a quem não se fez a vontade. Depois disse, devagar, olhando-me bem nos olhos:</p><p class="MsoNormal">– Você não sabe o que está perdendo...</p><p class="MsoNormal">E saiu em frente, desenvolvendo, para o lado da avenida.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">1966<br /><br />in <a href="http://viniciusdemoraes.com.br./biblio/sec_biblio.php?id=15" target="_top">Para uma menina com uma flor (crônicas)</a><br />in <a href="http://viniciusdemoraes.com.br./biblio/sec_biblio.php?id=94" target="_top">Poesia completa e prosa: "Para uma menina com uma flor"</a></p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com32tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-24128947947530731872010-07-05T17:19:00.009-03:002010-07-05T18:01:18.591-03:00Não é só o Brasil que tem craques<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimjyx8hi_3AMsS9KzMLeSen360e5iV6eFsvqn8aJw02QKEu6Bm28YVigjJZ1BnHspClhSmWV110SQR3iuRAPeoowosSot0f-84e2yGCNjZ6EHpaigSxHDyY9_zCuu4GZ8YiP80_wb0C_o/s1600/a.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 262px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimjyx8hi_3AMsS9KzMLeSen360e5iV6eFsvqn8aJw02QKEu6Bm28YVigjJZ1BnHspClhSmWV110SQR3iuRAPeoowosSot0f-84e2yGCNjZ6EHpaigSxHDyY9_zCuu4GZ8YiP80_wb0C_o/s400/a.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5490519555052503314" /></a><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Tostão</span></p> <p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px; "><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O Brasil fez o melhor primeiro tempo e o pior segundo tempo da Copa. No primeiro, poderia ter feito mais de um gol. No segundo, quando perdia por </span></span></span></b><st1:metricconverter productid="2 a" st="on"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">2 a</span></span></span></b></st1:metricconverter><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> 1, foi todo para frente, e a Holanda teve mais chances de fazer o terceiro que o Brasil de empatar.</span></span></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O Brasil, que fez, durante os quatro anos sob o comando de Dunga, um grande número de gols em jogadas aéreas, levou dois gols nesse tipo de lance.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O Brasil, que procurou, durante quatro anos, um lateral-esquerdo, levou dois gols em jogadas que se iniciaram por esse setor.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O Brasil, que sempre teve um armador pela direita para ajudar Maicon (Elano ou Daniel Alves), nunca teve um armador, pela esquerda, para ajudar Michel Bastos. Desse lado, começaram as duas jogadas dos gols.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O Brasil, que tinha uma grande preocupação com as faltas violentas e as expulsões de Felipe Melo, teve o jogador expulso quando o time perdia e precisava reagir.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O atleta de cristo Felipe Melo, que deu um excelente passe para o gol do Brasil, escreveu </span></span></span></b><st1:personname productid="em seu Twitter" st="on"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">em seu Twitter</span></span></span></b></st1:personname><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">, na véspera da partida: “O melhor de Deus ainda está por vir. Creiam”. Deus não gosta de jogador violento.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Foi uma repetição da Copa de 2006, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final para a França. Lembro que, na época, assisti à partida ao lado de Clóvis Rossi, perplexo com a atuação de Zidane. Dessa vez, não havia Zidane, mas tinha Sneijder e Robben.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Não é só o Brasil que tem craques. Dunga disse, após o jogo, que trocou Luís Fabiano por Nilmar para aproveitar sua velocidade. No momento em que o Brasil perdia e tinha de pressionar e usar as jogadas aéreas, seria muito melhor um ótimo cabeceador que um velocista.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">As virtudes do Brasil, bastante conhecidas antes da partida, como o excelente contra-ataque, as jogadas aéreas, a qualidade de seu goleiro (falhou no gol) e de seus defensores, não acabaram por causa de uma derrota. As deficiências do Brasil, como a falta de mais talento na lateral esquerda e no meio-campo, e o despreparo emocional de Felipe Melo para disputar uma Copa, ficaram ainda mais evidentes.</span></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:14.25pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><b></b></span></span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Como em 2006, o Brasil foi eliminado por um time do mesmo nível técnico. Não houve surpresa. Temos de valorizar o adversário. Precisamos terminar com nossa prepotência de achar que o Brasil é sempre melhor.</span></span></span></b></p> <p class="MsoNormal"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Publicado no <a href="http://www.mg.superesportes.com.br/coluna-do-tostao/capa_tostao/index.shtml">Superesportes</a> em 3 de julho de 2010</span></span></span></b></p><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com27tag:blogger.com,1999:blog-2286757033661901694.post-73883612471888274772010-06-26T03:54:00.006-03:002010-06-26T05:19:31.851-03:00Um ano sem o rei do pop<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhonAeG_WOqcFzGVP8FX8VvRGbBYRpJ0iZrw3_8HgJ1epbS3KE4ThIyQxTwz_gS__Mctf-TQC5VjfykO5MckfjeQ5494-BVmpM0MB6NHBlB-R7HSP5ejLnc6vmRT_wJ9FuiGSqzbX3YT_c/s1600/a2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 354px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhonAeG_WOqcFzGVP8FX8VvRGbBYRpJ0iZrw3_8HgJ1epbS3KE4ThIyQxTwz_gS__Mctf-TQC5VjfykO5MckfjeQ5494-BVmpM0MB6NHBlB-R7HSP5ejLnc6vmRT_wJ9FuiGSqzbX3YT_c/s400/a2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5486992480582794674" /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; "></span></a><span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFF00;">Há um ano, quando noticiaram a morte de Michael Jackson, que ensaiava para uma gigantesca turnê, muita gente prestou homenagens ao astro. Então, resolvemos homenagear os órfãos do rei do pop. Ou seja, os seus fãs. A história deste post é verdadeira e a republicamos porque a blogosfera se renova constantemente e muitos de nossos atuais leitores não a conhecem.</span></span></span><div><br /></div><div>Michael Jackson - 1958/?</div><div><br /></div><div>Logo que soube da morte de Michael Jackson, me lembrei de um faxineiro que trabalhava na galeria onde eu tinha uma loja de discos.</div><div><p class="MsoNormal">Ele dizia ter 20 anos, mas parecia menos, pois era franzino, muito magro e baixinho. Assim que abri a loja, ele apareceu e perguntou se tinha lá algum disco de Michael Jackson. "Tem alguns", eu disse. "Qual você procura?"</p><p class="MsoNormal">"Na verdade, nenhum, pois tenho todos. Só quero saber, pois, na hora do almoço, posso vir aqui e ouvir um pouquinho?"<br /><br />"Claro, pode vir", eu disse.<br /><br />E ele sempre aparecia lá, escolhia uma faixa e começava a dançar, daquele jeito que seu ídolo tinha imortalizado. Sorria, dizia que era o máximo e depois voltava ao trabalho de limpar a galeria.<br /><br />Durante quatro anos, ele cumpriu esse ritual de aparecer e pedir pra ouvir Michael Jackson. </p><p class="MsoNormal">Depois, fechei a loja e nunca mais voltei lá. A notícia da morte de Jackson fez com que eu me lembrasse dele e de outras figuras que passavam por lá. Tinha um que andava com uma foto do Bono no bolso. Ele parava qualquer pessoa, na galeria ou dentro das lojas, tirava a foto do bolso e perguntava: "Não sou parecido com ele?" E, se a pessoa demonstrava alguma dúvida, ele ficava de perfil e perguntava novamente: "Assim, nessa posição, não parece?"<br /><br />Também passavam por lá o Elvis jovem e o Elvis quarentão. Explico: um imitava o rei do rock nos anos 50, com topete, enquanto o outro era gordo e usava um cavanhaque enorme, além de tentar imitar o modo de andar de Elvis, tudo muito bem estudado.<br /><br />Os clientes, em geral, eram fãs que imitavam seus ídolos. Um imitava John Lennon, outro o Jim Morrison, tinha também Jimi Hendrix, James Brown...<br /><br />Um dia, percebi uma grande aglomeração no corredor e fui ver o que era. Tomei o maior susto, pois podia jurar que era o próprio Michael Jackson! O sujeito era alto, tinha uma daquelas roupas que Jackson vestia nos shows, igual a um uniforme militar, um tom de pele muito parecido com o astro que deixava de ser negro, também usava maquiagem, inclusive nos olhos, o cabelo com uma ponta escorrendo pela testa, um chapéu... Impressionante a semelhança!<br /><br />O faxineiro estava lá, no meio da multidão. Pequenino, com seu uniforme cinza, sorria e observava o sósia. Quando tudo acabou, ele entrou na minha loja e disse:<br /><br />"É bom a gente ter um ídolo, né?"<br /><br />Por isso, dei como incerta a morte de Michael Jackson no título deste post. Quem tem um ídolo, vivo ou morto, sabe do que falo. Aquele pobre faxineiro, que morava longe e levava horas de ônibus pra chegar na galeria e voltar pra casa, tinha <st1:personname productid="em Michael Jackson" st="on">em Michael Jackson</st1:personname> um forte motivo pra viver e ser feliz. Hoje, ele deve estar triste, mas logo voltará a ouvir as músicas de seu ídolo e dançar como se estivesse em um palco.<br /><br />Quando me lembrei dele, depois que soube da morte de Jackson, uma música invadiu meus pensamentos. Foi "Gente Humilde", de Garoto, Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Hollanda.<br /><br />"Tem certos dias<br />Em que eu penso em minha gente<br />E sinto assim<br />Todo o meu peito se apertar<br />Porque parece<br />Que acontece de repente<br />Feito um desejo de eu viver<br />Sem me notar<br /><br />Igual a como<br />Quando eu passo no subúrbio<br />Eu muito bem<br />Vindo de trem de algum lugar<br />E aí me dá<br />Como uma inveja dessa gente<br />Que vai em frente<br />Sem nem ter com quem contar<br /><br />São casas simples<br />Com cadeiras na calçada<br />E na fachada<br />Escrito em cima que é um lar<br />Pela varanda<br />Flores tristes e baldias<br />Como a alegria<br />Que não tem onde encostar<br /><br />E aí me dá uma tristeza<br />No meu peito<br />Feito um despeito<br />De eu não ter como lutar<br />E eu que não creio<br />Peço a Deus por minha gente<br />É gente humilde<br />Que vontade de chorar"</p></div><div class="blogger-post-footer">http://feeds.feedburner.com/</div>Bill Falcãohttp://www.blogger.com/profile/08262341595654064627noreply@blogger.com51